Aventura — Raças Preciosas
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Aventura — Raças Preciosas
Embora fosse algo nada típico, vocês dois eram aliens que, por motivos diferentes, haviam sido trazidos pela terra - ou simplesmente acabaram naquele planeta repleto de uma densa reserva natural e com aparência exuberante. Conheceram-se especificamente, nos arredores da cidade cápsula, após Shimo ser descongelado e, por semanas, estudado, antes de despertar e fugir de uma das naves. Ele era mantido sob vigilância, muitos cientistas acreditavam que, na verdade, sequer sobreviveria daquele sono criogênico ao qual seu corpo havia sido mantido.
Você se lembrava vagamente de sussurros nos laboratórios daquela nave, como " Isso sequer é possível? Esse ser está congelado a pelo menos vinte e cinco anos e seu órgãos estão começando a retornar a funcionar " — Uma voz caricata e aguda dissera.
" Ele não é igual a nós. Não percebeu? Dentes, pele, mesmo sua carne. Essa coisa é tão resistente que mal conseguimos tirar algum sangue do desgraçado. " — Respondera a segunda voz.
Apesar disso, ninguém ao certo sabia qual era a sua espécie e fora uma surpresa, quando, em um dia qualquer, perceberam que havia acordado e ido embora da nave. Seu caminho a partir dali fora cruzado com a da pequena Phalarya que, por ter vivido a vida toda num planeta remoto e longíncuo, não sabia outra, senão a sua língua natal - que felizmente era uma das línguas dos povos originários e que o Rei parecia entender perfeitamente.
Essa história se passa semanas após os ocorridos, onde ambos foram encontrados.
Tiveram tempo o suficiente para se conhecerem e, até decidirem alguns pontos de partida. Era conveniente para ambos permanecerem naquela parceria, uma vez que se complementavam de tal forma, então, a relação dos dois alienígenas avançou de maneira surpreendente. Ser o único que entendia a garota era um trunfo. Mas, para o azar de ambos, ao menos de imediato, permaneciam à margem da sociedade.
Entendam, não era exatamente por serem alienígenas: haviam outros como vocês, nas ruas. Namekianos, seres não nomeados com colorações diferentes e, muitos, muitos furries. Mas, a primeira impressão que passavam era de uma dupla de desordeiros. Um, vivia mordendo tudo e todos, a qualquer instante. A outra, sequer sabia uma língua universal, então, rapidamente tornaram-se discriminados.
Eram como cachorros de rua, que, quando aproximavam-se de mais da entrada de uma loja, eram escurraçados. Pequenos seres, com uma madeira repleta de fiapos na ponta, expulsavam-nos e, se não fossem embora, humanos mais fortes surgiam, apenas para demonstrar uma diferença absurda de nível de poder. Uma coisa levou a outra e, em algum momento, decidiram partir daquela cidade grande, indo em direção à um caminho, uma rota.
Em algum momento, chegariam numa área extremamente arborizada. Havia uma dezena de árvores diferentes, tal qual animais que nunca haviam antes. Muitos répteis gigantes, que até o breve momento não tentaram qualquer tipo de ataque e, metros a frente, areia e água.
Krillin
Re: Aventura — Raças Preciosas
O mundo novo que a Phalarya conhecia era ao mesmo tempo maravilhoso e terrível, a diversidade de plantas e seres era exuberante, a alien ficou fascinada e ia de planta em planta as catalogando, testando seus efeitos; por outro lado aquele planeta a deixava extremamente solitária, não conseguia conversar com ninguém, tudo se resumia a ela e seus próprios pensamentos, o pontinho rosa em meio a aquele planeta hostil estava perdida e triste até ver uma figura tão singular quanto a própria, um gigantesco ser azul mastigando um poste, não é possível que aquilo seria bem aceito e a alien rosa não, logo sua resposta vem em forma de um grupo de humanos que começa a perseguir os dois, em desespero Phalarya começa a gritar em sua língua, para a sua surpresa foi respondida em Zarlock, o choque foi tanto que a garota parou no meio do caminho e encarou Rei boquiaberta, logo um puxão do alien a trouxe de volta para a realidade.
Semanas depois e os dois tinham conversado tanto, Phalarya chorava enquanto falava, falava e falava, alguém estava realmente a entendendo, aquele planeta lhe proporcionou um ouvinte depois de anos e anos em completo silêncio, os dois caminham tranquilos em meio a floresta, ali eles não eram expulsos:
- Yu Gar, ra telor, Rei, xeka, mo valo! (meu deus são árvores, Rei, olhe, quanta vida!)
A alien mal percebeu os diferentes animais, as árvores eram diferentes de tudo que ela já tinha visto, são altas e tem folhagens singulares, Phalarya pondera se ela conseguiria subir até a copa dessas árvores. Aos poucos começa a tentar subir, grandes chances que não conseguiria.
Ju
Re: Aventura — Raças Preciosas
Shimo permanecia com uma carranca constante nos últimos dias após ser escorraçado de tantos lugares. Mesmo após esbravejar seu status como um rei e como deveria ser melhor tratado por um plebeu, o resultado não mudava, e a insistência geralmente apenas rendia o aparecimento das verdadeiras autoridades que confrontavam o ogro.
No momento caminhava ao lado de Phalarya de forma distraída, sendo deixado ser guiado pela sua atual contratante. Seu kanabo estava pousado sobre seu ombro esquerdo enquanto era empunhado pela mão canhota. Os desníveis do chão eram facilmente superados pela estrutura avantajada do titã azul que estica o braço para pegar algumas folhagens e jogar na sua boca antes de começar a mastigá-las.
-Ra xor velk nexa? (Vamo pra onde agora?) Questiona Shimo em direção a moça de pele rosa enquanto faz uma careta, sentindo o sabor das folhas em sua boca, as cuspindo logo em seguida enquanto estende a língua para fora da boca tentado, infrutiferamente, remover o gosto do mato na sua língua.
Agora mais mau humorado o rapaz volta a caminhar enquanto resmunga. -Mi xar folek caralho! (To com fome caralho!). Resmunga de forma traduzida, menos pela última palavra que parece não ter uma correspondência na língua antiga.
Shimo
Re: Aventura — Raças Preciosas
Tanto tempo sem uma refeição decente deixava o ogro ainda mais mau-humorado do que de costume e isso era possível de distinguir à longas distâncias: uma contra parte muito interessante, ao observar que a pequena alien ao seu lado estava totalmente radiante de encontrar novas plantas, cada uma destas, com efeitos e usos diferentes aplicáveis à sua medicina. Fato é, cedo ou tarde, encontrariam à entrada de uma pequena caverna - um banquete esperava o Ogro.
Se decidissem entrar por ali, encontrariam uma boa quantidade de minérios deliciosos, na verdade, havia uma variedade quase infinita e parecia ter sido uma criação de Deus, a você. Oque antes era uma carranca, tornou-se um pequeno sorriso. E, rapidamente, progrediu a um gargalhar. Finalmente encontrara seus pratos preferidos.
Enquanto isso, para Palharya, sobrara o trabalho de vigiar os arredores e esperar até que seu companheiro tivesse com o estômago cheio. Não tardaria, mas antes disso, você perceberia uma pequena sombra - menor do que você, a espreitar do canto mais escuro da caverna e, então, olhos. Pequenos olhos cintilantes e medrosos. A coisa que estava observando-os escondeu-se rapidamente ao ter contato direto contigo.
Krillin
Re: Aventura — Raças Preciosas
Phalarya segue catando algumas folhas e enfiando as em sua mochila, até escutar seu empregado, parceiro ou o que quer que a relação deles seja:
- Folek? Xor velk lorak, valda yu velor za mar ra verek tel narak rokis (Fome? Já vamos resolver, considerando que estamos vendo o mar deve ter alguma formação rochosa)
Os dois aliens caminham mais um pouco e logo Phalarya vê uma bela caverna, para ela uma simples formação rochosa para seu amigo um banquete a céu aberto:
- Nal foleta yu zeral! xa yu arim (Bom apetite meu querido! aqui estamos)
Enquanto o agora melhor humorado Shimo se alimenta a garota analisa os diferentes tipos de pedras e cristais presentes naquele local, sentindo a energia de cada uma, os cristais de Zarlock emanam várias energias diferentes, uma boa sintonização deles ajuda no alinhamento do corpo e alma do ser. A garota também é interessada nos fluxos de ki primitivos presentes em Shimo, o fato de sua nutrição se basear em rochas e minerais, o que a faz encará-lo um pouco enquanto o mesmo se alimenta.
Ju
Re: Aventura — Raças Preciosas
Shimo está tão mal humorado que apenas corresponde sua parceira com alguns gruinhos de insatisfação e concordância enquanto seguem a caminhada, era um contraste engraçado quando emparelhado com a animação que Phalarya apresentava por visitar esse bioma tão diverso e recheado de possíveis descobertas.
Quando enfim encontram a abertura da caverna, após tirarem algumas folhas que atrapalham sua visão, Shimo é o primeiro a tomar a iniciativa de adentrar a caverna, sem nenhum receio visível, a fome claramente tinha devorado seu juízo a muito tempo.
O local completamente tomado por rochas lhe lembra vagamente seu planeta natal, e por um momento o titão azulado é consumido pela sua nostalgia, mas não para nenhum segundo por esse motivo, rapidamente encontrando alguns veios expostos de metal que são rapidamente atingidos pelos dentes vorazes de Shimo. O som de metal atingindo metal preenche a caverna e poderia ser bastante incômodo.
Enquanto devorava as primeiras rochas Shimo chegava a dar leves olhadas em Phalarya, mas ao perceber que a sua contratante estava absorta em seus próprios assuntos Shimo se concentra unicamente em devorar os veios de minerais metálicos que ele encontrava.
Shimo
Re: Aventura — Raças Preciosas
Ambos estão absortos quanto aos seus próprios pensamentos e ações. Enquanto o grande Titã azul permanece devorando quaisquer que sejam as coisas a sua frente - minérios raros, pedras preciosas ou simples granitos -, a garota de pele rosa analisa com cuidado qualquer tipo de pedra que lhe poderia ser útil em algum estudo mais aprofundado. Fato é, sequer percebera inicialmente a movimentação crescente de seres muito pequenos. Em determinado momento, ao retirar um grande pedregulho do chão - certamente levando-o a boca -, certamente você, Shimo, percebe a abertura de um canal de cavernas bem mais profundo, no entanto, minúsculo se comparado a ti.
Aquelas vias tinham uma abertura de cerca de um metro de diâmetro e, em sua porta, uma pequena e estranha criatura, humanóide, e de aparência estranha. Não se pareciam os humanos que tinha visto até o momento; não tinha altura para tal. A criatura respirava fundo, era possível ver o subir e descer de seu peito, enquanto o coração dançava sob o mesmo. Ele fechou os punhos e fizera a melhor carranca para que enfrentasse-o, ficando em pé a sua frente e dando leves soquinhos em sua perna. Sequer sentira seus golpes.
Ele gritava com uma voz fina, aguda e irritante. Parecia desesperado. Outros daquele ser começavam a surgir das sombras, amontoando-se sobre Shimo. Certamente, não venceriam-no, mas se continuasse daquela forma, poderia acabar sendo enterrado pelos pézinhos numerosos.
— " Ataque o monstro gigante! " — Dentre eles, o grito de um 'líder' fora ouvido. Eles falavam uma língua que o gigante azul sabia.
Krillin
Re: Aventura — Raças Preciosas
Shimo encara a pequena criatura com certa surpresa, mesmo quando ela assume uma postura agressiva, desferindo uma enxurrada de golpes que, no melhor dos casos, podiam ser descritos como inofensivos. O ogro de pele azulada olha para a sua companheira a questionando não verbalmente se ela tinha algo a dizer sobre a situação, no mínimo inusitada.
Mas antes que Shimo tivesse a oportunidade de reagir afastando a criatura, ele tem sua atenção chamada pela voz fina e irritante que clama para que, quem quer que fosse, atacasse um monstro. -Monstro? Onde? Questiona o titã azul, na linguagem falada, enquanto busca com seus olhos qualquer ser que poderia se encaixar na descrição de um monstro, com seus olhos pousando eventualmente em sua estranha companheiro de pele rosada e olhos negros.
Preocupado com a presença de o que quer que pudesse ser uns monstros, o ogro nem mesmo percebe o enxame de pequenas criaturas que o cercava de forma agressiva.
Shimo
Re: Aventura — Raças Preciosas
Phalarya está concentrada em suas rochas até escutar Shimo esbravejando em uma língua desconhecida pela caverna, um pouco assustada ela se vira e encara a situação estranha em que vê seu amigo sendo escalado por uma série de pequeninas criaturas:
- Shimo? Ra xor vekor? Ra xor tel? (Shimo? O que tá acontecendo? O que é isso?)
Um pouco assustada a alien corre para perto de Shimo e começa a arrancar as criaturinhas do corpo dele e arremessando-os para longe. Em meio a seus arremessos ela para e segura pela canguta um desses serzinhos e o encara com o cenho franzindo:
- Xor yu? Xor yu vek xor Rei? (Quem é você? Porque você tá em cima do Rei?)
Fala de maneira brava como se dando uma bronca no serzinho.
Ju
Re: Aventura — Raças Preciosas
A cena era, no mínimo, inusitada.
Enquanto a garota voltava-se aos pequenos desordeiros, Shimo, sequer percebera que o ataque havia sido especificamente coordenado contra ele - muito porque mal sentia qualquer coisa. — " Ele é muito resistente, chefe! " — Oque estava em seu cabelo, puxando-o, gritava. A outra, no entanto, apenas prosseguiu atacando-o de maneira 'brutal'. — " Não importa, não vamos desistir de nossa liberdade! PELA RAINHA! " — Ele gritou.
Palharya por outro lado tentava ajudar o Rei, aproximando-se com velocidade e puxando um por um os pequeninos. Mas, algo acontecia sempre que tinha um daqueles anões em mãos. Era como se, em um segundo o tivesse agarrado e, já no outro, existisse apenas uma fumaça esverdeada que fugia entre seus dedos.
Shimo, naquele momento, já tinha seu corpo dominado por pelo menos cinco dezenas de criaturinhas e, na verdade, todos aqueles bracinhos e pernas apenas faziam-no sentir cócegas. Sequer levou-o ao chão. — " Seremos obrigados... Vamos! Usem aquilo! " — Foi naquele momento que, todos se juntaram, levantando as mãos e, uma grande quantidade de fumaça esverdeada começava a se formar, próximo da entrada da caverna. O inesperado aconteceu: uma pedra gigantesca começou a ser erguida e, colocada frente à porta, fechando a entrada.
Todos estavam exaustos depois daquilo, mas ao menos um trio específico, parecia grandemente feliz com oque haviam feito.
— " A...agora estão presos! Não poderão nos trancar novamente! " — O engraçado era que, de certa forma, as pequenas criaturas que haviam trancado-se.
Krillin
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