Aventura — Raças Preciosas

Raças Preciosas

A cena era, no mínimo, inusitada.

Enquanto a garota voltava-se aos pequenos desordeiros, Shimo, sequer percebera que o ataque havia sido especificamente coordenado contra ele - muito porque mal sentia qualquer coisa. — " Ele é muito resistente, chefe! " — Oque estava em seu cabelo, puxando-o, gritava. A outra, no entanto, apenas prosseguiu atacando-o de maneira 'brutal'. — " Não importa, não vamos desistir de nossa liberdade! PELA RAINHA! " — Ele gritou.

Palharya por outro lado tentava ajudar o Rei, aproximando-se com velocidade e puxando um por um os pequeninos. Mas, algo acontecia sempre que tinha um daqueles anões em mãos. Era como se, em um segundo o tivesse agarrado e, já no outro, existisse apenas uma fumaça esverdeada que fugia entre seus dedos.

Shimo, naquele momento, já tinha seu corpo dominado por pelo menos cinco dezenas de criaturinhas e, na verdade, todos aqueles bracinhos e pernas apenas faziam-no sentir cócegas. Sequer levou-o ao chão. — " Seremos obrigados... Vamos! Usem aquilo! " — Foi naquele momento que, todos se juntaram, levantando as mãos e, uma grande quantidade de fumaça esverdeada começava a se formar, próximo da entrada da caverna. O inesperado aconteceu: uma pedra gigantesca começou a ser erguida e, colocada frente à porta, fechando a entrada.

Todos estavam exaustos depois daquilo, mas ao menos um trio específico, parecia grandemente feliz com oque haviam feito.

— " A...agora estão presos! Não poderão nos trancar novamente! " — O engraçado era que, de certa forma, as pequenas criaturas que haviam trancado-se.

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O silêncio se perpetua por longos segundos, que mais se parecem horas. Senão, anos. Fato é, as pequenas criaturas sequer haviam pensado no que haviam acabado de fazer e, embora mágicas, certamente havia um limite que não podiam cruzar e, se não haviam sumido, como fumaça, até o breve momento, significava que não poderiam fazê-lo. Não de maneira leviana. Todos começaram a se juntar no lado contrário que vocês estavam. Muitos, se entre-olhavam. Percebera que aquelas pequenas criaturas tinham a aparência muito semelhante à de um terráqueo, pelados, vestidos com tecido e pele variada, mas havia uma asa de aparência insectóide, como à de uma borboleta, em alguns destes. O líder, que havia estabelecido e liderado o ataque ao 'monstro-azul', era um deles. — Nós estamos presos com eles, chefe — Pudera ouvir o sussurro de um dos pequenos seres.

— " Fique quieto! Eles não podem saber sobre isso " — Ele sussurrou de volta.
— " Então vocês que, vieram aqui apenas para nos trancar novamente, morrerão soterrados! Que destino cruel, não acha? " — Com os braços cruzados, ele gargalhou.

É quase impossível não notar alguns grilhões, cortados, que estavam presos nos pescoços e pés dos pequeninos. Além das repetitivas palavras sobre estarem trancados. Oque estava acontecendo? — Ei, Duni. Eu acho que a gente ferrou tudo. — Você ouviu um segundo sussurro.

— " Como assim, Uni? Nós já falei para não falar sobre estarmos presos " — Ele sussurrou de volta.
— É que eles não se parecem com aqueles caras encapuzados. Veja. A garota nem fala a nossa língua. E parece ser o cérebro deles — Continuara sussurrando. Duni demorou, mas entendeu e posteriormente, apontou a palma da mão direita em direção à garota.

— " Veremos então " — Ele falou em alto e bom som. — " Revelare " — A mesma nuvem verde surgira uma segunda vez, mas agora, em torno da garota.

Por alguns segundos, você começara a entender totalmente a língua falada por aquelas criaturas, Phalarya.

— " Ei, garota! Diga-me, quem são vocês! E porque nos atacaram! " — Ele tentava se parecer maior, mal e obviamente, autoritário. Embora soubesse que haviam sido eles quem os atacaram. — " Vocês estão com aqueles desgraçados que nos aprisionaram?! "  

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Todos continuavam ignorando-lhe, Shimo. Com exceção de uma pequena anã que, olhou-o e forçou um sorriso, cumprimentando-a quando seus olhos entraram em contato. Os que, de fato, tomavam a frente, permaneciam focados em sua parceira que parecia extremamente emotiva ao poder falar e compreender a língua que até poucos instantes, era totalmente estranha. — Eu não falei, Duni! Você é um idiota! Quem colocou você no comando?! — O outro pequenino perguntou, apontando o dedo diretamente no peito de seu 'líder'.

— " A rainha " — Ele sorriu, fechando os punhos — " Porque, quer encarar? "  
Uni apenas virou-se para Phalarya, ignorando seu pequeno companheiro.
— Isso significa que não somos inimigos. Peço desculpas. Pelo nosso povo. — Aquele pequeno ser parecia ser mais inteligente do que sua contra parte raivosa, impetuosa e inconsequente.
— " Oque? 'Cê acreditou nos gigantes sem se questionar? Porque? Nós nem sabemos a aparência de nossos raptores. Sinceramente, talvez eu e outros de nós tenhamos visto alguém de pele azul ou rosa por de baixo dos mantos escuros. Isso que tão conversando não explica nada! Eu preciso de provas! " — Duni tomara a frente de novo.

— " Ei grandão, porque não tenta comer isso! " — Dissera, jogando um grande pedaço de ouro em você. — " Já que está aqui apenas para se alimentar, acho que consegue, não consegue?! " — Ele parecia desacreditado, apesar de tê-lo visto mascar pedaços grandes de pedra.

Uni coloca a mão sobre o rosto, desacreditado.

— Venham. Eu preciso mostra-los a rainha e decidir os próximos passos. — Ele falou, indo em sua direção. Um pequeno portal era aberto, mas rapidamente se expandia até a altura de Shimo. — Você também, Duni.
— " Você vai leva-los até a rainha?! O quão idiota você é?! Eu me oponho! " — Ele engoliu a seco e, praticamente ficou frente ao portal. Mas, sinceramente, era só leva-lo ou passar por cima.

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Não havia ninguém capaz de interrompe-lo ou para-lo, sem o uso de uma força tão forte ou mais do que a sua e, praticamente, seguiu pelo portal esverdeado totalmente focado em sua decisão precipitada. Fato é, nenhum de vocês dois sabiam oque esperar. Talvez, de fato, encontrassem uma dupla de pequenos, rei e rainha, daquela raça. Mas e, então? O rapaz atacaria sem mais nem menos? Ou... algo ainda mais estranho aconteceria?


Aquela curta viagem havia sido extremamente vertiginosa e, ao chegarem, foram acometidos por dores de cabeça e um senso de direção estranho. Era como se o mundo ao redor de ambos, não parasse por um segundo de se mover, oque causava uma estranha sensação em cada um de seus sentidos. Certamente, apenas não ficaram piores devido aos seus corpos terem alguma magia presente no mesmo, que preparou-lhes para momentos como aquele, mas ainda sim, era a primeira viagem que faziam daquela forma.

O pequenino a frente de vocês parou, virou-se preocupado e perguntou: — Vocês... vocês estão bem? Sinto que talvez a viagem tenha sido um pouco apressada de mais. — Ele seguiu em direção à garota, tentando ajuda-la a se levantar, mas sem sucesso. Não tinha força em seu pequenino corpo o suficiente para fazê-lo.

Quanto a Duni, viera logo atrás e, literalmente, pulou sobre o Ogro azul, mais uma vez escalando-o. Ele puxava os cabelos do mesmo para trás, oque fazia sua cabeça levantar-se. — " Vamos manda-los de volta, AGORA, UNI! Você não ouviu? Ele vai atacar a rainha! " — Ele gritava, embora Uni sequer dava-lhe atenção.

— Basta, Duni! Já é o suficiente. A rainha que decidira oque acontecera a partir de agora.

De trás, poucos metros de Uni, mais daquela fumaça esverdeada era empregada ao ambiente. Vocês ouviram uma voz feminina, abafada, surgir. Era como se ela estivesse em todos os lugares e, ao mesmo tempo, a sua frente.
— Oque? Oque eu deveria decidir, Uni e Duni? Porque estão aqui? — A sua voz parecia aspera. Não era como oque esperavam, a de uma rainha, polida. Na verdade, vez ou outra, ouvia-se um estalar de língua enquanto trocavam palavras.

— Mas Rainha... Há problemas, estes dois nos encontraram, mas eles não estão com aqueles mascarados — Ele tentava falar, fazê-la entender.
— " Não os ouça, Rainha! Estes idiotas tentarão ataca-la. Fuja daqui! " — Enquanto Duni continuava a atrapalhar.

— Oya, e porque eu deveria ficar com medo? Deixe-me ver. Seu nome é Shimo, auto Intitulado Rei, não é? — Ela gargalhou. — Acha que tomará minha posição como Rainha dos Eljins?

Em um segundo, sentiu seu corpo paralisar e algo em sua mente. Oque sentia não podia ser explicado com simples palavras, mas se decidisse tentar, certamente era como se alguém tivesse invadido-lhe. Sua mente. Cada uma de suas lembranças apareciam, dando-lhe uma dor mental imensa. Aquilo fez-lhe até mesmo babar de dor.

— Ora... Não, eu estava errada. Você quer tomar o lugar de meu rei, certo? — A fumaça que outrora tomava conta de tudo, começou a dar lugar a um corpo humanóide, com asas grandes. A garota tinha por volta de um metro e sessenta de altura. Maior do que seus suditos, mas menor em comparação a qualquer um de vocês dois.

— Está aqui para me propor em casamento, é? Porque... não há um rei para enfrentar

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